Total de visualizações de página

29 de outubro de 2010

"Um Lugar só de Mim" em um bilhete.

   Você sentiu o gosto amargo que um tanto de esforço jogado fora deixou na boca. E como o pressuposto, olhou para a linha do horizonte sorrindo, antes mesmo que uma gota de lágrima salgasse-lhe os lábios. Um dia estava nascendo, como talvez há 2(3)8 anos. Como talvez dos dias em que você se reinventou para curar o lado doente, que consigo levava um sentimento de revolta pelos ralos de tantas privadas sujas de vômito seco, dentre uma ou outra noite gasta em caminhos escuros.
   O cara é bom nisso. Ele se maltrata, ele se coloca em pedaços, junta tudo e taca na parede com força. Explosões de impulso em atos, gritos, afagos e carinho. O cara é bom nisso, contente com essas coisas que ele próprio se impõe em vida, curando mil feridas, só para ter o prazer de depois se arrebentar. A queda, a ida em direção ao choque traz a sensação de estar vivo. O impacto, o osso quebrado e o amor de vidro. Isso tudo o faz acreditar que pode segurar tudo, suportar tudo de apenas um jeito: superando, se adentrando, inquieto.
   O Super-Homem em quadrinhos, era seu sonho de menino. O homem de aço sempre dava um jeito. Assim como John Rambo, que travou guerras e mais guerras, sozinho contra seus fantasmas e mais de 200 homens bem armados ou talvez, o Rocky Balboa que apanhou de todos os grandalhões, segurando socos, indo à lona e levantando. Sempre pronto para mais um round.
   No chão se sente sujo, incapaz. Sobre as próprias pernas inseguro e poderoso. Por dentro, pisando em núvens, por fora confuso. Vai com tudo cara, chegou a sua hora de ser. E se alguém quiser lhe perguntar o porquê de tanta intensidade, diga que não é drama. Diga que esse é o seu único jeito de não desistir. Se matando, renascendo, reinventando o amor em cada rosto, gosto e abraço. Manda pra longe aqueles que te querem por perto pelo egoísmo de saber do quê você é feito e do quanto é capaz de se doar. Se alguém quer ser cercado de vida, que seja pela vida em si e por si só, dividindo o ar que vive, não por uma energia que seja a sua - "...e nem a de outro!", ele diz. Lá todo mundo é feliz enquanto aqui, é e sempre pra sempre será apenas, aqui : "um lugar só de mim."
   Que te tenham por perto aqueles que te têm apreço e não, apego. Que te tenham por perto os que te desejam bem, mesmo que você a eles não faça bem, porque bem, somos todos bons e maus buscando o mesmo bem, através de bens. Que te tenham por perto aqueles que por você são amados. E quanto ao resto, bem: o resto é o resto. E que esse pedaço de gente nem se dê o trabalho de deixar, ao menos um recado. Porque será lido e rasgado. Talvez depois, de um jeito grosseiro seja colado e junto a troféus de solidão, guardado. Assim como em uma colcha de retalhos rasgada em pedaços, feridas em abraços. Forte abraço, que você enfrente as suas derrotas e que não perca pelo cansaço mas sim, pela vontade de querer melhor - nada demais ou de menos, apenas melhor.

13 de outubro de 2010

Um jeito, uma descoberta.

Um dia branco, se branco ele for.
   O sol nasceu e a  lua de algum jeito ainda continuava no céu. As cores do dia pouco a pouco se faziam vivas e meu pedaço de chão começou a se estender como em um tapete de água salgada, em final de onda quebrada me tocando o fio da canela. Assim, reparei o azul anil como em tempos, eu não via.
   Havia esquecido de reviver o que é preciso, o prazer de abraçar o desconhecido e pelas areias a fora, colecionar sorrisos. Sorrisos em rosto e de beleza sem nome, que talvez com meia hora de conversa resultassem em mais um telefone esquecido em agenda. Pele salgada de mar, um sol amarelo brilhante, vivo em calor. Descanso em banhos de silêncio e companhia de boas músicas coreografando leitura, onde tudo se parecia com um filme que acabara de começar juntamente com o nascer do sol, depois de uma noite quase-bem-dormida.
   Ansiedade, vontade, paixão pela vida. Tudo que se faz presente é enriquecido por tudo que escolhemos viver. E escolhendo um pedaço de vida que me fiz por merecer, sozinho digo que reaprendi a gostar de viver, pois sei que dentro de tudo que há de desgostoso em cada passo dado, existe algo que me faz rumar direção de um homem construído em cima de superações.
   Paixões, talvez confesse. Em diferentes proporções, em diferentes lugares, em diferentes caminhos e olhares sugo tudo o quê pode ser retirado do mundo, sentindo e transformando em um presente para os que me cercam. Seja podre ou seja lindo, o que vêm de fora é sentido e volta de maneira intensa. Mas tudo aquilo que vem de dentro de alguma forma simples, apenas por ser, me faz perceber que o homem lindo que muitos me julgam ser, se construiu em cima de uma essência entranhada. Enquanto o podre, veio em pedaços de estímulos transformados em vaidade, que me faz gritar para saciar o meu lado mais humano e egoísta de não querer ser contrariado.
   Vontades surgidas, sementes de sonho em terra fértil, sol amarelo brilhando em céu azul anil, como dissera. Eu comigo mesmo, embalando uma ponta de sanidade antes de confessar não saber de onde surgiu tanta paz. E que o mundo se acabe em tragédia, porque eu prefiro uma cadeira de praia, meus óculos escuros e minhas conversas com meu pensar diante das ondas, que rimam com “amar”. Pois aprendi outra noite, que ondas podem ser chamadas de respiração do mar.
   Mar onde me deito, me calo em boca e grito em paixão. Fez de mim um homem, não por sentir os anos, mas por sentir o próprio coração.

11 de outubro de 2010

Me usa.

   Aquilo que é chamado de saudade entra pelos olhos, vem de fora. É exalado pela pele, guardado no abraço, em gestos, músicas cantadas e sorrisos de confusões em vontades reprimidas. Ligações recebidas, encontros forçados e esforços contrários para se prender à alguma coisa que não da sustento, que apenas descansa a falta, que acaba com a fome, que tira o pesar do pensamento e dos olhos. Acalma.
   Palavra proferida, atos em contraversão, ditados populares, frases de efeito vindas de inspirações de momentos e músicas de Chico e samba. O que muitos e ela chamam de saudade, eu dou o nome de segurança. Ali estando para o conforto, para acalmar aquilo que é difícil se desfazer, jogar fora. Talvez o que devesse ser feito, seria trocar a poesia do samba pela calma-fúria do Jazz, desacorrentando meu coração. Assim como fez Ray Charles. Desistir para ser livre. Faz parte.

9 de outubro de 2010

Doces Bárbaros, Chico, Caetano, Urina. E por debaixo de caracóis de pensamentos, uma estória pra contar.

   Como em um nascer do sol, onde as estrelas se escondem pouco em pouco no céu com tons leves de rosa e azul-anil. Como das vezes em que me sinto vivo apenas por ser, em paz por estar e pertencer. Os olhos brilhando procuram, vagam, sentem. E antes mesmo que um suspiro se torne em um grito de felicidade, é possível saber que um sonho se fez de flor ainda em botão. Quase a flor da pele.
   
   Cinco de cada um deles. Ouviu dizer que assim, uma outra alguém queria. E da maneira mais sensata se perguntou por que a felicidade apenas era esperada de algo que ele possuía, mas não daria. Sorriu com brilho, sol e vento. Alegria, alegria! Cantou o blues de seu coração em uma conversa de pensamento e consciência, concordando. Porém de um jeito simples-quase-terno, não disse que para o ano ser feliz apenas era preciso um de cada dois. E não uma vez por semana, mas sim uma vez por cada eternidade.
    
   Sorriu daquela vez como se fosse a última, e com seu passo tímido pôs-se em prova que a maior prova de que um conto escrito em prosa chegava ao fim, era o fato de ser visto pelos olhos de seu desejo como alguém que já era percebido diferente.  Foi chamado de menino em um olhar de desencanto que cortava feito faca amolada. Irene sorrindo e encantada com o mundo devolveu-me o chão no fim de uma queda. E foi quando meu coração finalmente quebrou-se em pedaços. Espatifou-se.
  
  Gargalhadas, risos, devaneios, urina e lágrima. Nesse instante foi quando parou pra descansar como se fosse sábado, tropeçando no céu como se fosse um bêbado às quase-oito horas da manhã. Se percebeu na construção de um castelo de areia banhado pela fúria de uma poesia de Caetano, fazendo com quê da maneira mais doce, o seu lado rústico e bárbaro aflorasse. Assim, eu vi pelo retrovisor do carro indo na direção contrária do vento, sem lenço e sem documento que o mundo me esperava. E que como Peninha cantava, eu faria o mesmo do meu jeito: sozinho.

  Sorte dos que sentiriam a falta, porque nesse momento fez-se o dia. E mesmo depois de quase morrer na contra-mão atrapalhando o tráfego, o primeiro que foi ele, portando um broche de ametista, como quem chegou do bar a chamando de perdida. Percebeu que não havia muito tempo que o coração da luz das acácias tinha sido por ele partido. Sentiu-se perdido e sem escolha, pois o terceiro a ela chegaria, e nada perguntaria. Chegaria sorrateiro, deitaria em sua cama e colocaria fim nas esperanças do homem lindo que se acaso a sina fosse continuar a amá-la, assim o faria. Enquanto outro a chamaria de mulher.

   Como em um eclipse oculto, surge um soluço e uma vontade de ficar mais um instante. Por toda a eternidade e em cada pôr-do-sol, que na areia branca como seus pés, nunca irá tocar. Janelas e portas se abririam para ver ela chegar, jamais chegaria. E assim, se sentindo em casa, sorrindo irá chorar. Apenas por na memória guardar histórias pra contar de um mundo tão distante.

Nesse dia, respirando poesia, eu desacreditado afirmei: um sonho morreu.

5 de outubro de 2010

Pela noite



Sabe quando no meio de uma viagem, dessas que a gente faz de noite, ta rolando aquele silêncio e um fone de ouvido toca aquela musica que meche com a gente por dentro? Que faz a gente sentir vontade de sair voando pelo meio de um céu azul escuro iluminado por pontinhos brilhantes????

Pois é.... ...é de noite.

Na noite e pela noite por onde as lembranças vagam. É onde os sentidos se escondem e é onde tudo dorme. Dorme pra descansar na saudade...

É quando o dia, cansado de ter sido um pouco diferente pra cada ser vivo, deita nas mentes sonhadoras de cada um e finalmente descansa.

De noite..., é onde as sombras se abraçam, é onde a Lua aparece e é onde se esconde a vontade de estar um pouquinho mais perto daqueles que amamos.

É quando o vento tem outro significado, é quando as musicas soam diferentes e quando nossos sonhos começam a nascer.

De noite, é quando talvez o seu ou meu telefone tocam, é quando eu olho pras festas e me pergunto por onde você andaria. É quando me digo tanto faz e quando hora quero ou não voltar atrás.

De noite..., é quando eu deixo tudo pra lá..., é quando eu abraço o mundo olhando pras estrelas. É quando tudo fica mais bonito..., em um outro sentido.

É de noite quando eu gosto de mirar na lua os meus cinco sentidos e receber do mundo juras de amor ao pé do ouvido.

De noite é quando eu me sinto desprendido. É onde eu conto meus segredos e onde eu amenizo as minhas angústias.

É quando eu componho minhas notas..., tão simples como o reflexo de uma estrela sem muito brilho. Brilho de sorrisos que vagam pelos céus e procuram abrigo no meu coração.

De noite..., é quando o Natal fica mais bonito.., quando o frio fica aconchegante..., é quando o verão fica mais fresquinho e é quando no outono a chuva trás de volta a vontade de abraçar. é quando nas noites de primavera os casais se amam e os filhos nascem.

De noite..., é quando fica difícil segurar o choro e o riso. É quando geralmente escrevo tudo o quê sinto. É quando alguns acham que tudo acaba e é quando eu acho que tudo começa de uma outra maneira.

Na noite..., nas nuvens que encobrem a Lua... ou talvez nas estrelas aqui dentro.

Eu jogo meus versos ao vento.

E digo que a cada amanhecer eu sou um pouco mais cheio de vida.
Talvez, feliz.

O antigo quase novo. Então chamemos de "usado" que ainda veste.

Divagar é sonhar, ou esquecer de algo que faz sentido?

16/12/07
Então vamos de novo. Mais uma vez. Só por mais uma vez. Quem sabe a última, quem sabe? O calor de um novo-velho tempo, onde não sabemos distinguir mais as faltas ou as vontades. As mentiras e as verdades. E como em tantos outros contos, tantas outras falas: quem se importa? – a pergunta não é quem, mas o quê. O quê realmente importa?

Como um pedaço de carência escondido em cada abraço. Como um tapa no vento. Como a falta de algo que não se sabe se falta faz, como a falta de algo que não se sabe que se teve.

Esquece. Deixe. Vague. Pra longe ou pra perto. Em cada olhar que se cruza ou abraço negado.Beijo roubado e um tanto de lembranças. Guardo hoje na esperança, que o sol me traga algo diferente de um trago, um pedaço de fumaça pra deixar tudo um tanto mais nublado. Escondido. Confesso: pausado ou quase estagnado.

Talvez alguns digam: fechado pra balanço. Eu prefiro o nome “descanso”.

Descansar de tudo que é pesado. Que torna o todo complicado e um tanto mais amargo.

Deixa... deixa....

...Larguem-se as lembranças lá atrás. Pra quem sabe saber ou descobrir onde o novo se esconde. Só porque a rebeldia ta em falta no sangue. Só porque ser rebelde depois dos 20 não tem mais graça.

Então a gente pode combinar: entre um cigarro, um pedaço de peixe cru e o cheiro de perfume entranhado numa roupa suja de sábado, as mágoas ficam afogadas no suor seco de um kimono de segunda. Usado. Surrado.

Cansado?

Como se faz pra se cansar estando cheio de disposição? Se isso é ficar velho, eu prefiro que seja com alguém do lado.

Do meu lado.

Até o próximo sábado. Até o próximo cigarro.

Eu continuo correndo atrás.

Parado.

2 de outubro de 2010

Como um dos Oceanos.

   Descobri esses dias que mesmo com a falta de tudo, tudo eu tenho dentro de meus próprios delírios causados por drogas que me matam em corpo e me libertam em pensamento: sentimentos. Eles saem de dentro de mim, vão em direção a todos os que percebem o que se passa, fazendo do claro fumaça. 
   Eu sei sorrir e não quero perguntas, nem palavras... quero gestos. Quero olhares... música ou talvez um abraço. Pode-se se dizer que nem sei ao menos o que quero, mas aqui ainda espero. Pra saber se algum dia poderá haver a soma de nada. Nada e mais nada. Somado a nada. 
   Digam-se elogios, palavras de conforto. Matam-se a carência em beijos mortos e em palavras que falam de algo sujo entre bocas com gosto de menta. Com cheiro e carne morta, não minto. O morto me atrai. Faz de mim um "feliz-triste" que chora e sabe que a felicidade existe. E coloco tudo pra fora em doses homeopáticas de risos, brincadeiras de dedo em ombro e nariz, besteiras, entorpecentes e muita poesia. Simplesmente porque a vida é linda e eu... bem, eu também.
   Diria eu que pontas feriram como espinhos, num repetitivo e conhecido saber e conhecer da dor. Sobre dor e para dor. Não digo o que diz mais nada além do que quer dizer: Não mais existe. Foi-se com passado, e quando voltar apenas vou sentir o cheiro, mas não o toque. Porque o passado não volta. 
   O mundo não acaba em ausência ou vácuo. Ele começa. Livre aqui estou, para começar..., para reaprender a amar e dizer que meus sonhos voltaram para meus braços, meu colo e meus cuidados. Tudo meu. Reconstruídos..., e tão lindos como penas de pavão ou um por-do-sol na linha vermelha do horizonte. Um sopro de outono rumando ao encontro do brilho esbranquiçado do inverno. Com agua salgada de mar. 
    Com a energia de uma tempestade, pretensioso faço de meu mundo um oceano. Revolto, inconstante, calmo, pacífico, gélido, índico, pulsante, quente. Abrigando geleiras, abrigando vulcões. Contendo partes desconhecidas e intocáveis.
    E para quem vê de fora, que se deliciem com a fúria de minhas ondas, que sintam-se encantados com a beleza do sol vindo de mim, se escondendo em mim. Da noite se encobrindo de estrelas em nuvens, me encostando com seu choro em chuva. Da lua buscando abrigo com seu reflexo sobre meu espelho d'água. Sem esquecer dos ignorantes que sujam o que é meu, com seu lixo e pedaços que não me fazem parte. O que me pertence está dentro, o que não quero já virou, vai virar: deserto.


E visto como um todo...


...lindo. Pretensioso por si só. Pois existe, cheio de vida.

O passado, uma noite, um jantar, um motel. E o dia seguinte de 7 meses atrás.

Em um desses dias em que a sensibilidade a flor da pele fica, um vento soprou do lado de dentro de um sonho que não me trouxe aroma, que não me carregou notas e tão pouco tormentos.  Mudanças. De algum modo fica entranhado na voz emudecida, o tato passado de pele em pele em um toque sutil de nuca arrepiada. Guardados em um sonho bom de uma noite em que a terra parou de girar.
Assim sei, que o mundo volta em suas voltas a simplesmente não nos tornar apegados a mutações, a mudanças. Mudar de cor, sair dos tons de azul. Experimentar as cores avermelhadas de um pecado bruto, onde alguns chamam de maluco qualquer menino apaixonado escondido em um rosto envelhecido e maltratado por lâminas.
Redescobrir a vida dentro dos melhores sorrisos, deixar o afago de um carinho sereno se perder em bons momentos eternizados em músicas de bom gosto, compondo a trilha de um banho quente de espuma.
 No dia em que eu voltei a ver a terra girar, o sol se escondeu em um dia cinza que foi testemunha absoluta de que eu construí algo tão grande quanto Constantinopla ou o próprio Império Romano.  Tão mais alto que a imensidão dos maiores templos que tentaram ao longo da história alcançar Deus. A preciosidade de um olhar correspondido me sussurrou em uma doce voz chegada por de trás do meu pescoço, um segredo cantado em lá menor que dizia em voz serena "amo você".
E eu respondi em pensamento que todos os dias, esse amor vai me dar um pedaço de sonho novo que vai fazer assim com que meu sentimento continue a ser o mais bonito. Sincero, despretensioso e nada devoto. Puro, fiel e sem correntes. Amo. É só tudo isso e mais nada.  

1 de outubro de 2010

Quase "Desprezo".

Em cada pedaço de chão percorrido, ficam as lembranças do que já foi bonito. Foto e pegadas são registros. Porém o que mantém o passado vivo, são o pensamento e sentimento brigando em parceria. E esses por sua vez, andam por diferentes mundos em velocidade inalcançável.
Transparência que expulsa algo que chega torto, arrebatado e matando. De frente para o tronco, o chicote acerta o fingido de morto. E pouco em pouco o carrasco perde a força. 
Tornando assim aparente, o que um escravo sempre foi: forte, imponente e impotente durante tempos.
Até que uma certa princesa uma lei assinou.
Os dias se passaram longos, mas a liberdade chegou.
Um processo, uma questão de tempo.
O peso do amar.
Se pondo em tronco e tortura para a liberdade alcançar.
O chicote do "desprezo" deixa marcas, mas a um escravo não pode matar.
Não arrebata, chega torto.
Pouco em pouco.
Livre.