Ventos em tons de azul
Paixão escrita em chuva,
Tempo meu.
Presença de peso em força
Fez seu sono ser tranqüilo
Despertando em um afago
O sonhar do anjo ali dormindo.
Por calçadas de mãos dadas
Olhou pra baixo com prazer
Ensinando a cor das ruas
Olhar de frente
Paixão nua, crua
Contente.
Deita no mundo
Se jogando em aprender
Ganha um chiclete
Pois sorriu por merecer.
Força da infância
Lembra com orgulho,
E hoje encara pelas ruas
Olhares brutos, sujos.
E quando passa pela cena
De outra cria e seu adulto
Cumplicidade assiste em tato
Abraça o infinito,
Espera a sua vez,
Mudo.