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26 de fevereiro de 2023

Labirinto de Emoções em Caos

Parte das coisas que fazemos, não conseguimos apagar ou esquecer. Parte das coisas que fazemos nos trazem vergonha quando mudam nossos sentimentos, sonhos e perspectivas. Por isso muitas vezes tratamos nossos piores erros como uma besta feroz que machuca tudo aquilo que toca e desse jeito, tentamos prender essa fera em lugares sem luz, que não costumamos visitar, expor ou falar sobre - é um jeito que o cérebro dá pro nosso subconsciente nos proteger de sentimentos ruins. Esses lugares não visitados do cérebro são protegidos por portas pesadas de razão e soldados fortemente armados com agressividade, medo e argumentos de certezas que vão fazer de tudo para que nada entre alí. Veja bem, nessa analogia, se alguém abre essas portas e invade o seu íntimo, essa pessoa consegue obervar todo o seu labirinto de caos - usando a luz da própria lanterna, o ângulo dos próprios olhos e o próprio martelo de juiz. Na maioria das vezes essas portas são arrombadas e invadidas com violência, bombas de mentiras e mais bestas ferozes, resultando em uma catástrofe emocional onde todas as partes envolvidas se machucam. Porém... muito raras às vezes, nossos portões do íntimo são abertos na base da confiança, do tato, do respeito, do entendimento. Iluminando o ambiente com esperança, opções, abrindo caminhos, trazendo luz. Nos adentramos mais e mais nesse labirinto de caos até que todo o tesouro em ouro reluz de uma forma quase divina: é quando de fato podemos dizer que realmente conhecemos alguém. Então passamos a aprender a viver e fazer parte daquele mundo, reconhecendo armadilhas daquele contexto, muitas vezes nos sentindo até confortáveis dentro daqueles portões. 
Mas espera, onde estão nossos pertences, nossas coisas? Aquele ouro reluzente não é nosso, é o tesouro de alguém e não lhe foi dado. Será que perdemos tanto tempo alí que esquecemos de onde viemos, do quê gostamos, do quê somos feitos e aonde queríamos chegar antes de estarmos alí? O triste fim dessa analogia, é que uma guerra começa para sair, para deixar o labirinto de caos para quem o construiu. Ora, quanto ouro conseguiríamos juntando nossos tesouros? Não percebemos que ao sair, voltamos para o nosso próprio mundo e os jardins do nosso reino que até então estava desgovernado, esquecido - está precisando de cuidados, irrigação e sol. Luz. "Luz para dias cansados"