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15 de julho de 2015

O monstro de 7 cabeças e de um só sentir.

Muita gente me chama de muita coisa. Muita gente não sabe do quê eu sou feito. Muita gente tem opinião formada sobre o louco. Louco esse que uns chamam de porradeiro, que outros chamam de dramático e que mais alguns dizem ser um cara confuso, pesado. Perdido num drama sem fundo. Um cara que escolhe viver no exagero da inconstância exagerada. Sim, esse sou eu: redundante pelo drama. Aquele que é desesperado e adora curtir fossa.

Vai lá, me chama de monstro. Fala que eu sou um cara sem afeto e sem respeito pelo corpo e pelos sentimentos alheios, porque depois de um sexo casual eu escolho dar um beijo na testa e um “até logo” acompanhado de um belo sorriso. Ao invés de um pé na bunda e descaso. Não ache que descaso é pra todo mundo, mas não ache que meu amor e meu sentir sejam pra qualquer história bonitinha de 2 semanas ou 3 meses. No meu ver, mulheres são gente, são pessoas sonhadoras que querem um pau grande ou um principe encantado. Mas todas elas, querem sem dúvidas ser bem tratadas. E antes de me julgar, saiba que  eu não sou bem dotado e nem tenho cavalo branco, sou meio ríspido as vezes e cheio de defeitos. Mas eu faço o meu melhor pra tratar bem quem ta do meu lado. Pelo tempo que for.

O monstro. Aquele que olha você nos olhos, aquele que não te engana, aquele que gosta de falar de sonhos, aquele que teme a solidão e é viciado em cheiro de pele. Em gosto de perfume feminino num pescoço babado. Eu pergunto dos sonhos e delírios, eu coleciono sorrisos... eu beijo bocas e me esfrego em amassos, que quem já trocou comigo, sabe que não é algo que faço de qualquer jeito. Eu sou intenso. Sou vivo..., agarro com vontade e nem por isso, trato uma mulher como lixo. Eu não quero só o toque, eu quero a troca e quero pensamentos. Mas nunca pago paixão pra conseguir ir pra cama ou pra brincar com as pessoas.

E se algo escondido nas entrelinhas dos meus traços de razão e paixão, misturados com olho roxo e dentes quebrados pelas ruas e bares, sair... que seja amor. Poucas mulheres me viram amando. Poucas mulheres me entraram na cabeça e me fizeram pensar em parar em um só gosto e corpo pra sempre. Uma me tirou um filho, a outra me tirou meus sonhos. E se hoje o amor que eu ainda quero construir em mim existe, é porque EU me dou esperança de continuar a acreditar que um dia eu serei pai e uma peça importante numa casa cheia de calor humano.

Eu quero que as palavras que me descrevem sejam muitas. Que sejam todas... que eu seja um monstro pra todos os corações que parti. Que eu seja um cara incrível pra todas as mulheres que eu me envolvi, que eu seja um perdido e escroto pra todas as mulheres com quem dormi e mais nada quis, mesmo sem nunca mentir.
Dobre a sua boca pra falar de quem você não conhece a história, de quem se esconde em um rosto de pivete e roupas largadas. Em bocas beijadas e porradas distribuídas. Eu sou feito de vida. Eu sou puro

amor pelo ódio, amor pelo sentir, amor pela vida. E é isso que faz de mim um cara que sabe se vingar, que sabe se entregar, que sabe chorar quando quer e bater quando se revolta. Eu quebro a minha cara seguindo meu coração todos os dias. E também seria capaz de quebrar o seu coração e sua auto-estima em pedaços pequenos e mastigados, seguindo meu instinto de orgulho ferido, todos os dias.

Meu lado bicho. Meu lado gente... meu lado menino, meu lado humano. Julga... me chama de monstro. Prova do meu sexo, e joga fora meu amor. Prova do meu amor e joga fora meu sexo. Joga fora os dois. Guarde nas lembranças... Fala que eu não valho nada além de uma boa trepada. Fala que eu fujo do compromisso, fala que eu como e fodo um monte de mulheres e depois me dou sumiço.  Olha pra sua vida e tenta pensar como, alguém como eu é capaz de amar... impossível. Simplesmente.
Um cara como eu nunca olharia pras estrelas e pediria um amor pra toda vida. Onde existisse um cuidado mútuo em palavras doces de orvalho em primavera. Eu jamais choraria ao ver um casal de velhos andando de mãos dadas pelas praças e ruas. Como um amor idealizdo. Eu? Eu não acredito nisso, mesmo em tons de sarcasmo.

Meu sexo, eu quero que engulam meu corpo com boca, coxas e vagina. Eu quero cada gota de suor escorregando dentre mãos, pelos e braços.
Meu amor, eu quero que chegue sutíl, que venha como um grão e que se torne uma pérola azul, escondida na concha mais fechada de um oceano sem fundo, esperando pra ser achada ao acaso. Que me toque em alma, que me entranhe, que me traga filhos e que nunca se vá.

E se ao acaso você quiser saber, eu quero mais é que você me julgue...
...mas que saiba que eu tenho um coração cheio de amor, tentando me livrar das doses de ódio que vez ou outra me entranham. De trevas e dos sentimentos mais lindos. Comigo misturados e expelidos em cada palavra que eu possa vir a proferir, seja com meus caninos, com meus sorrisos indecisos ou mesmo com meu olhar. Em todo o meu expressar corporal.

Que você se pergunte quantas vezes você foi sincera com o seu querer e com o seu coração. Quantas vezes cozinhou um cara, quantas vezes esteve alí por que não tava fazendo nada ou porque o plano A não deu certo. Depois disso, me chame de monstro, me chama de "cara legal", me chame de filho da puta. Me chame de gostoso, de brocha.
Me julga... se coloca na minha pele e me julga.
Depois disso, eu recebo qualquer tapa na cara, lido com silêncio e indeferença, ou beijo na testa. Se quiser, me cospe. Se quiser me beija.
Mesmo eu que sempre vou preferir, um abraço, seja ele como for. Só porque a dor me vem não só na hora em que eu apanho, mas também na hora em que eu bato de volta.
Só porque uma troca vale mais do quê qualquer repulsa causada por desgosto.

29 de outubro de 2010

"Um Lugar só de Mim" em um bilhete.

   Você sentiu o gosto amargo que um tanto de esforço jogado fora deixou na boca. E como o pressuposto, olhou para a linha do horizonte sorrindo, antes mesmo que uma gota de lágrima salgasse-lhe os lábios. Um dia estava nascendo, como talvez há 2(3)8 anos. Como talvez dos dias em que você se reinventou para curar o lado doente, que consigo levava um sentimento de revolta pelos ralos de tantas privadas sujas de vômito seco, dentre uma ou outra noite gasta em caminhos escuros.
   O cara é bom nisso. Ele se maltrata, ele se coloca em pedaços, junta tudo e taca na parede com força. Explosões de impulso em atos, gritos, afagos e carinho. O cara é bom nisso, contente com essas coisas que ele próprio se impõe em vida, curando mil feridas, só para ter o prazer de depois se arrebentar. A queda, a ida em direção ao choque traz a sensação de estar vivo. O impacto, o osso quebrado e o amor de vidro. Isso tudo o faz acreditar que pode segurar tudo, suportar tudo de apenas um jeito: superando, se adentrando, inquieto.
   O Super-Homem em quadrinhos, era seu sonho de menino. O homem de aço sempre dava um jeito. Assim como John Rambo, que travou guerras e mais guerras, sozinho contra seus fantasmas e mais de 200 homens bem armados ou talvez, o Rocky Balboa que apanhou de todos os grandalhões, segurando socos, indo à lona e levantando. Sempre pronto para mais um round.
   No chão se sente sujo, incapaz. Sobre as próprias pernas inseguro e poderoso. Por dentro, pisando em núvens, por fora confuso. Vai com tudo cara, chegou a sua hora de ser. E se alguém quiser lhe perguntar o porquê de tanta intensidade, diga que não é drama. Diga que esse é o seu único jeito de não desistir. Se matando, renascendo, reinventando o amor em cada rosto, gosto e abraço. Manda pra longe aqueles que te querem por perto pelo egoísmo de saber do quê você é feito e do quanto é capaz de se doar. Se alguém quer ser cercado de vida, que seja pela vida em si e por si só, dividindo o ar que vive, não por uma energia que seja a sua - "...e nem a de outro!", ele diz. Lá todo mundo é feliz enquanto aqui, é e sempre pra sempre será apenas, aqui : "um lugar só de mim."
   Que te tenham por perto aqueles que te têm apreço e não, apego. Que te tenham por perto os que te desejam bem, mesmo que você a eles não faça bem, porque bem, somos todos bons e maus buscando o mesmo bem, através de bens. Que te tenham por perto aqueles que por você são amados. E quanto ao resto, bem: o resto é o resto. E que esse pedaço de gente nem se dê o trabalho de deixar, ao menos um recado. Porque será lido e rasgado. Talvez depois, de um jeito grosseiro seja colado e junto a troféus de solidão, guardado. Assim como em uma colcha de retalhos rasgada em pedaços, feridas em abraços. Forte abraço, que você enfrente as suas derrotas e que não perca pelo cansaço mas sim, pela vontade de querer melhor - nada demais ou de menos, apenas melhor.