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3 de março de 2011

Bloco do Eu-quase-sozinho

Não lembrar
Não saber
Não sonhar
Apenas sentir.
A falta de um todo
Um todo só de mim.
Vem do vazio, vem do pensar
Vem frio, do cansaço de amar.
Me calo, me mato. Me arranco um pedaço.
Silêncio! A banda está a passar.
E minha loucura sente a presença
De um rosto esculpido em faces mil
A falta de dois, sofrida por um
Há chuva escura nas praias, há seca no Rio.
Uma luz, uma mão para guia
O chão sujo das ruas, é carnaval.
Apenas o vento.
Não me lembro aonde ia.
Esqueci de esquecer,
De como era não ter.
O tempo morre em minha mão
Assassinato sob a luz do dia.
Bares, drogas e sujeira
Brigas,
Minha vez na fila.
Mascaram a vida que mais temia
A vida de ser livre, de ser solto
A vida de gostos todos
A vida de um carnaval
Nas cores de uma tarde vazia.
Lágrimas de euforia
Enquanto eu bebia.
Não posso chamar de alegria.
Não posso gritar tristezas.
Só posso cair na folia.
Sorria, é carnaval.
Sorria.