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10 de março de 2011

Choro mimado.

Vou pedir pra você ir embora
Vou pedir pra você ficar
Vou bater
Vou chorar
Vou xingar
Vou tentar odiar
Vou desistir de conseguir
Vou deixar o tempo passar
Vou matar ele pra ele não me matar
Vou beber
Vou tragar amargo
Vou tentar o descaso
Vou me sentir desolado.
Vou crescer pequeno
Calado.
Vou ficar calejado
Vou parar de olhar pra trás
Vou olhar para os lados
E se do meu lado alguém não estiver
Será esse o meu sonho alcançado.
Amar e ser amado em um.
Um sozinho em sí.
Sem me sentir descartado.
Substituível.
Sem ser indesejado por mim.
Pois ao ser, serei eu mesmo
O meu príncipe encantado.
O ex-namorado do sonho quebrado.
Pois o fato dela se importar
Não a faz querer tentar,
Assim não me fazendo falar de amor.
E isso não faz meu choro cessar
Tão pouco ameniza a dor.
Vai apenas me fazer pensar
Que a amo e não quero
Que a amo e não quero
Deus, como não quero!
Não quero,
Mas amo.
Com tudo o quê posso
Com tudo o quê tenho.
Mas hei de deixar.
Não de viver
Não de lembrar,
Mas sim de sofrer
Sofrer por amar.
Amar a quem já não diz que me ama.
Amar a quem me quer longe,
Amar a quem expulso chamando o nome.
Beija outras bocas por escolha
E diz que o encaixe não é o meu
Mas a cada passo dado
No rumo do lado-a-lado
Me faz crescer pavor.
Me faz querer deixar de querer.
Pois ela dizia o amor
E não está mais do meu lado.
Moleque mimado sem brilho?
Com amigos do lado e opaco?
Menino-homem sozinho hei de ser
Fazendo de palavras espinhos
Buscando esquecer.
Pois sei que ela vai,
E ela sabe também
Acalmar a dor não nos braços do seu amor,
Mas nos braços de outro alguém.
Do meu maior medo uso a fobia
Quase como anti-terapia,
Estou entregue como refém.
E nada pode acalmar isso.
Apenas ela.
Talvez eu.
Só ela.
Ela.
E mais ninguém.