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6 de março de 2011

Metade de 2 é 1. E 1, é sozinho.

Compostos de um,
Espelho em metade de mim.
Pingos de chuva em chão
Arrasta, lava, impõe a lama.
Sozinho, “fala sério”.
Por carona.
O feito de dois virando um
Fez-se a escolha de não ter soma
“Um”, é sozinho. “Pode crer”.
Perde a cor, perde o brilho.
Perde amor.
Vais pra longe amanhecer
Pois quando chegas me arruínas
Pois quando vens começa o dia
Que somente por si mesmo termina.
O inteiro de dois
Torna-se em metades.
Divisões de lugares
Em um mundo
Onde tudo é longe,
Lado a lado.
Tal distância se faz fardo,
Brotando em abismos
Sementes de descaso.
Flores de condeno
Por seres quem és.
Mas nada fizeste
Além de concordar em viver
Sem piso e com pés.
Do “tudo” ao “nada”.
E nada, deixaram de nada.
Nada.
Um tapa na cara,
Com jeito de afago.
Nada somado a nada.
Resultando em um.
Composto de um.
Espelho em metade de mim.
Metades de dois em balança
Lado a lado.
E a distância se faz fardo,
Brotando em abismos
Sementes de descaso.
Descaso afagado.