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5 de outubro de 2010

O antigo quase novo. Então chamemos de "usado" que ainda veste.

Divagar é sonhar, ou esquecer de algo que faz sentido?

16/12/07
Então vamos de novo. Mais uma vez. Só por mais uma vez. Quem sabe a última, quem sabe? O calor de um novo-velho tempo, onde não sabemos distinguir mais as faltas ou as vontades. As mentiras e as verdades. E como em tantos outros contos, tantas outras falas: quem se importa? – a pergunta não é quem, mas o quê. O quê realmente importa?

Como um pedaço de carência escondido em cada abraço. Como um tapa no vento. Como a falta de algo que não se sabe se falta faz, como a falta de algo que não se sabe que se teve.

Esquece. Deixe. Vague. Pra longe ou pra perto. Em cada olhar que se cruza ou abraço negado.Beijo roubado e um tanto de lembranças. Guardo hoje na esperança, que o sol me traga algo diferente de um trago, um pedaço de fumaça pra deixar tudo um tanto mais nublado. Escondido. Confesso: pausado ou quase estagnado.

Talvez alguns digam: fechado pra balanço. Eu prefiro o nome “descanso”.

Descansar de tudo que é pesado. Que torna o todo complicado e um tanto mais amargo.

Deixa... deixa....

...Larguem-se as lembranças lá atrás. Pra quem sabe saber ou descobrir onde o novo se esconde. Só porque a rebeldia ta em falta no sangue. Só porque ser rebelde depois dos 20 não tem mais graça.

Então a gente pode combinar: entre um cigarro, um pedaço de peixe cru e o cheiro de perfume entranhado numa roupa suja de sábado, as mágoas ficam afogadas no suor seco de um kimono de segunda. Usado. Surrado.

Cansado?

Como se faz pra se cansar estando cheio de disposição? Se isso é ficar velho, eu prefiro que seja com alguém do lado.

Do meu lado.

Até o próximo sábado. Até o próximo cigarro.

Eu continuo correndo atrás.

Parado.