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2 de outubro de 2010

O passado, uma noite, um jantar, um motel. E o dia seguinte de 7 meses atrás.

Em um desses dias em que a sensibilidade a flor da pele fica, um vento soprou do lado de dentro de um sonho que não me trouxe aroma, que não me carregou notas e tão pouco tormentos.  Mudanças. De algum modo fica entranhado na voz emudecida, o tato passado de pele em pele em um toque sutil de nuca arrepiada. Guardados em um sonho bom de uma noite em que a terra parou de girar.
Assim sei, que o mundo volta em suas voltas a simplesmente não nos tornar apegados a mutações, a mudanças. Mudar de cor, sair dos tons de azul. Experimentar as cores avermelhadas de um pecado bruto, onde alguns chamam de maluco qualquer menino apaixonado escondido em um rosto envelhecido e maltratado por lâminas.
Redescobrir a vida dentro dos melhores sorrisos, deixar o afago de um carinho sereno se perder em bons momentos eternizados em músicas de bom gosto, compondo a trilha de um banho quente de espuma.
 No dia em que eu voltei a ver a terra girar, o sol se escondeu em um dia cinza que foi testemunha absoluta de que eu construí algo tão grande quanto Constantinopla ou o próprio Império Romano.  Tão mais alto que a imensidão dos maiores templos que tentaram ao longo da história alcançar Deus. A preciosidade de um olhar correspondido me sussurrou em uma doce voz chegada por de trás do meu pescoço, um segredo cantado em lá menor que dizia em voz serena "amo você".
E eu respondi em pensamento que todos os dias, esse amor vai me dar um pedaço de sonho novo que vai fazer assim com que meu sentimento continue a ser o mais bonito. Sincero, despretensioso e nada devoto. Puro, fiel e sem correntes. Amo. É só tudo isso e mais nada.