Conto este começo em forma de uma quase poesia. Uma historia longe do real, ao mesmo tempo perto dos lindos sonhos repentinos de melancolia. Presente em muitos, por serem inalcançáveis em tamanha realidade sem prazer.
Quando a primeira nota musical soou, um Homem surgiu. E logo o anjo da felicidade sussurrou em seu ouvido a palavra carinho. E esse foi seu nome: Carinho.
Carinho a cada pôr do sol sentava-se em beira de um penhasco coberto por um tapete de grama tão verde quanto as folhas das arvores na primavera. Dali via apaixonado o crepúsculo. Sua solidão era imensa, porém quando esvaziava sua mente diante de uma das poucas belezas que os olhos seus enchia de água levemente salgada, Carinho via que seu destino não estava ali, simplesmente não estava. O vento que soprava do oceano causou em Carinho um estranho frio, e as nuvens que o sol cercava, descreviam em sua mente o vazio.
Ao mesmo tempo, quando a primeira gota de orvalho caiu, regou uma flor de pétalas azuladas, que desabrochando, deu vida a uma Mulher. Olhando para baixo, a mulher percebeu que um pássaro havia sido ferido pela dor. Então derramou uma lágrima que em seguida caiu sobre o ferimento, curando-o. E antes de voar em direção a liberdade, o pássaro murmurou a palavra ternura. E assim ficou seu nome: Ternura.
No auge das tardes de outono, Ternura passeava por entre muros de arvores seminuas e de casca dura, por um caminho de terra morena encoberta por um manto de folhas alaranjadas, que a cada passo dado, compunham uma sinfonia junto ao canto entristecido de aves anônimas, que em direção ao vazio voavam. No momento que a brisa leve do outono balançou as poucas folhas da velha árvore, a primeira gota de uma forte chuva de sonhos melancólicos caiu por dentre os seios de Ternura, causando-lhe um estranho frio.
Os dois a procura do destino, caminharam dias e noites em direção ao vazio. Até que o ciclo das estações cessou. Neste momento a caminhada em busca do mesmo vazio acabou. E ali ficaram, um perante o outro. E quando olhou para os cristalinos olhos azuis de Ternura, Carinho sentiu levemente o lindo calor que o fazia chorar a cada anoitecer no principio do oceano, no mesmo tempo em que Ternura suavemente sentiu o perfume do outono acariciar seu olfato. Sim, era verdade: o frio estava de fato por cessar. Os dois olhares se cruzaram, e seus pensamentos esvaziaram-se, como a cada passeio e cada fim de tarde. E um abraço forte enterrou seu frio dentro de um manto de pele em afago.
Foi então que ao se separarem do forte abraço, surgiu uma pequena mala a seu meio, com a palavra “pensamento” bordado em seu couro. Carinho teve medo de machucar-se ao abrir a mala, e afastou-se. Logo Ternura aproximou-se da mesma, e explicou a Carinho que pensamentos puros não sabem o que significa a Dor. Explicou-lhe também que os pensamentos podem manter o vazio bem longe. Assim sendo Carinho aproximou-se, e pondo-se ao lado de Ternura, ajudou a abrir a mala.
O primeiro a ser de dentro retirado foi um riacho de águas translúcidas. Com pedras de textura lisa e peixes de pequeno tamanho nadando no abrigo de leito. Em seguida o chão foi forrado por um campo de flores que se espalharam até a linha do horizonte. Montanhas de picos congelados ficavam ao fundo. Uma pequena estrada de terra foi o caminho retirado por Ternura da mala, para ligar uma aconchegante casa a uma floresta de eucaliptos portando aroma de afeto e cuidado. Do lado esquerdo de uma casa em madeira cor-de-verniz, Carinho lembrou-se de pôr uma castanheira para fazer sombra nos dias quentes de sol amarelo-dourado.
E seu mundo seguiu surgindo: Ternura e Carinho logo forraram os céus com estrelas. Deram formas as nuvens cor-de-rosa nas auroras campestres. Da mala, Carinho tirava madeira seca para acender o fogo da lareira, deitando-se em seguida ao lado de Ternura que descansava nas noites frias de inverno em frente ao fogo, acolhida pelos afetos de seu querido. Ternura permanecia ali apenas longe da melancolia, apenas longe das lagrimas. Apenas ao lado de Carinho.
Foi então que na primeira manhã de primavera Ternura acordou por entre os braços de Carinho e viu-se lado a lado pele em pele com um menino, e um novo sentimento nasceu. Ternura e Carinho tiveram um momento para olhar para seus corações e quando o fizeram, falaram ao mesmo tempo uma palavra que mudaria o significado do mundo e da beleza que por ali ainda seguia sua existência sem batismo: Amor. E assim ficou seu nome.
Como não havia sentido em querer explicar o significado de tamanha maravilha... ...Carinho, Ternura e seu filho Amor resolveram da mala tirar todos os seus sonhos, na esperança de encontrarem um significado pra tão puros sentimentos. Até que da mala tiraram uma fotografia em que estou ao seu lado, no verso da foto estavam escritas as nossas iniciais.
Seus sonhos se multiplicaram, pois agora, já entendiam sua origem. Sabiam que no vazio do coração de um menino triste, uma nota musical fez nascer um homem carinhoso, Carinho. No mesmo tempo em que uma flor de pétalas azuladas, enraizada no coração de uma menina sem sonhos, fez nascer uma mulher terna, Ternura. E logo descobriram que tudo que haviam tirado de dentro da mala pertencia aos pensamentos de Nemer e Milena, uma pura união que caminhou muito tempo pelo vazio, olhando sempre para seus sonhos, sem nunca sequer toca-los. Que não mais como crianças, viviam sempre deixando seus corações repletos de sentimentos. Assim, para sempre poderem estar em seus cenários paradisíacos longe do vazio e eternamente tendo Carinho, Ternura e seu filho Amor tirando da mala o que deixaria a sua união mais concreta e longe do real.
Nunca deixarei a ternura se acabar enquanto juntos sonharmos. Do mesmo modo, o carinho jamais se extinguirá de meus atos. O fruto de estarmos juntos é o amor.
O que me faz descrever esse final apenas pensando em você Milena, é a crença que não há sentido para realidade se não existir o “além da realidade”. O Homem adora viver de sonhos, porém o que alimenta seus sonhos é a vivência em amor.
O que sinto por você não existe, entende?
Não procure nexo, constância, equilíbrio ou ciência neste espaço. Mesmo.
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28 de abril de 2011
18 de março de 2011
Só mais um dia.
É fácil lembrar
Tão difícil esquecer.
Espero dia após dia
A coragem me suprir
Para conseguir fazer
Aquilo que me faz temer
Aquilo que me faz temer
Temer por não mais sentir
Temer por não mais ser
Mas talvez assim me faça cessar
A vontade de chorar
A vontade de gritar
De assim por sua vez fizer
O vazio se calar.
Assim me calo, por certo
Em meu futuro porém incerto
Não vejo as cores do sol.
Banho meu mundo de preto
Em um personagem vestindo sorriso e medo
E indo de contra tudo aquilo
Que não se compra com dinheiro
Conseguir ser feliz.
Conseguir ser sozinho.
Conseguir se bastar.
E no agora, apenas sou
Capaz eu, que sou de pensar
Estou infeliz
Sou menino
Não vou morrer
Vou me mat...
...deixa pra lá.
É melhor não rimar.
Vamos beber
Vamos trepar
Vamos fumar
Se arrastar em viver
Para talvez assim
Fazer isso passar.
É melhor não rimar.
Vamos beber
Vamos trepar
Vamos fumar
Se arrastar em viver
Para talvez assim
Fazer isso passar.
Ir embora de mim
Pois não consigo aguentar
Minha face no espelho
Refletindo meu desejo
De dar a ela meu todo amar.
Calma porra!
Vai passar!
Não pensa!
Não faça desgraça!
Esqueça a cachaça.
Porque o diabo atenta,
E no teu ouvido te fala
"Desiste, se rende!"
Mas tente!
E do seu pensar assim, sai fumaça
Se faça feliz, se faça contente!
E a carne?
Bem, a carne é fraca.
Só por hoje, não pense
Não tome cachaça.
Não faça desgraça.
Tente aguentar.
Pois não consigo aguentar
Minha face no espelho
Refletindo meu desejo
De dar a ela meu todo amar.
Calma porra!
Vai passar!
Não pensa!
Não faça desgraça!
Esqueça a cachaça.
Porque o diabo atenta,
E no teu ouvido te fala
"Desiste, se rende!"
Mas tente!
E do seu pensar assim, sai fumaça
Se faça feliz, se faça contente!
E a carne?
Bem, a carne é fraca.
Só por hoje, não pense
Não tome cachaça.
Não faça desgraça.
Tente aguentar.
17 de março de 2011
Esquecer de esquecer de amar.
Esqueço do tempo em um minuto
Em um segundo,
Em pedaços de solidão escassa.
Faz de mim um homem,
Faz de mim criança com a carne fraca.
Coloca meu chão a prova
Com remédios, com cachaça.
Me coloco em tremores
Aumentando os horrores
De graça.
Sendo assim sei, que o entorpecer
Acalma o pensar
Faz ir embora o querer
Faz esquecer.
Esquecer de amar.
Só por hoje
Não hei de chorar.
Amanhã chegando
Me dou o trabalho de lembrar.
Que amei, que sorri.
Que sangrei, que morri.
Que quero tudo de novo
Em um outro rosto
Em um outro corpo e gosto
Até não haver mais o querer
Esquecer de sofrer.
Até saber que sou feliz
Até saber que vou continuar a ser
Até o fim dos tempos.
Até meu corpo envelhecer.
10 de março de 2011
Choro mimado.
Vou pedir pra você ir embora
Vou pedir pra você ficar
Vou bater
Vou chorar
Vou xingar
Vou tentar odiar
Vou desistir de conseguir
Vou deixar o tempo passar
Vou matar ele pra ele não me matar
Vou beber
Vou tragar amargo
Vou tentar o descaso
Vou me sentir desolado.
Vou crescer pequeno
Calado.
Vou ficar calejado
Vou parar de olhar pra trás
Vou olhar para os lados
E se do meu lado alguém não estiver
Será esse o meu sonho alcançado.
Amar e ser amado em um.
Um sozinho em sí.
Sem me sentir descartado.
Substituível.
Sem ser indesejado por mim.
Pois ao ser, serei eu mesmo
O meu príncipe encantado.
O ex-namorado do sonho quebrado.
Pois o fato dela se importar
Não a faz querer tentar,
Assim não me fazendo falar de amor.
E isso não faz meu choro cessar
Tão pouco ameniza a dor.
Vai apenas me fazer pensar
Que a amo e não quero
Que a amo e não quero
Deus, como não quero!
Não quero,
Mas amo.
Com tudo o quê posso
Com tudo o quê tenho.
Mas hei de deixar.
Não de viver
Não de lembrar,
Mas sim de sofrer
Sofrer por amar.
Amar a quem já não diz que me ama.
Amar a quem me quer longe,
Amar a quem expulso chamando o nome.
Beija outras bocas por escolha
E diz que o encaixe não é o meu
Mas a cada passo dado
No rumo do lado-a-lado
Me faz crescer pavor.
Me faz querer deixar de querer.
Pois ela dizia o amor
E não está mais do meu lado.
Moleque mimado sem brilho?
Com amigos do lado e opaco?
Menino-homem sozinho hei de ser
Fazendo de palavras espinhos
Buscando esquecer.
Pois sei que ela vai,
E ela sabe também
Acalmar a dor não nos braços do seu amor,
Mas nos braços de outro alguém.
Do meu maior medo uso a fobia
Quase como anti-terapia,
Estou entregue como refém.
E nada pode acalmar isso.
Apenas ela.
Talvez eu.
Só ela.
Ela.
E mais ninguém.
Vou pedir pra você ficar
Vou bater
Vou chorar
Vou xingar
Vou tentar odiar
Vou desistir de conseguir
Vou deixar o tempo passar
Vou matar ele pra ele não me matar
Vou beber
Vou tragar amargo
Vou tentar o descaso
Vou me sentir desolado.
Vou crescer pequeno
Calado.
Vou ficar calejado
Vou parar de olhar pra trás
Vou olhar para os lados
E se do meu lado alguém não estiver
Será esse o meu sonho alcançado.
Amar e ser amado em um.
Um sozinho em sí.
Sem me sentir descartado.
Substituível.
Sem ser indesejado por mim.
Pois ao ser, serei eu mesmo
O meu príncipe encantado.
O ex-namorado do sonho quebrado.
Pois o fato dela se importar
Não a faz querer tentar,
Assim não me fazendo falar de amor.
E isso não faz meu choro cessar
Tão pouco ameniza a dor.
Vai apenas me fazer pensar
Que a amo e não quero
Que a amo e não quero
Deus, como não quero!
Não quero,
Mas amo.
Com tudo o quê posso
Com tudo o quê tenho.
Mas hei de deixar.
Não de viver
Não de lembrar,
Mas sim de sofrer
Sofrer por amar.
Amar a quem já não diz que me ama.
Amar a quem me quer longe,
Amar a quem expulso chamando o nome.
Beija outras bocas por escolha
E diz que o encaixe não é o meu
Mas a cada passo dado
No rumo do lado-a-lado
Me faz crescer pavor.
Me faz querer deixar de querer.
Pois ela dizia o amor
E não está mais do meu lado.
Moleque mimado sem brilho?
Com amigos do lado e opaco?
Menino-homem sozinho hei de ser
Fazendo de palavras espinhos
Buscando esquecer.
Pois sei que ela vai,
E ela sabe também
Acalmar a dor não nos braços do seu amor,
Mas nos braços de outro alguém.
Do meu maior medo uso a fobia
Quase como anti-terapia,
Estou entregue como refém.
E nada pode acalmar isso.
Apenas ela.
Talvez eu.
Só ela.
Ela.
E mais ninguém.
A boemia e o terror do coração quebrado.
Possíveis caminhos
Adentrando entre rosas e espinhos
Pele riscada,
Alma nua e solitária
Encontra paz naquilo que não lembra
Atenta para o amanhã, atenta!
Amanhã será bonito
Carnaval sem chuva
Dias com sol
Com riso.
Nada de pesares passados
Nada de emoções em atrito
Tudo para provar e beber
Tudo para contemplar.
Tudo pela frente e de frente viver
Nada de lembrar e doer.
Meu pensar
Meu íntimo calado
Que grita desesperado
Aclama por paz.
De maneira nada eficaz
Surta em um pulo sagaz
Que finda em um quê de qualquer
Chance de se estar mais perto
Daquilo que não alcança
Abraços, troca de afeto
Ser sozinho, se bastar.
Sem perder o medo e a esperança.
Ainda criança, engatinha
Com marcas de vivência íntima
Colecionando emoções tão lindas
Perdidas no passado.
Se perguntando a razão do porquê
De tudo ter que um ciclo encerrar.
Já é de manhã
Hora de dormir
Hora do ciúme calar.
Hora de esquecer do pensar.
Pois o medo sim, deita ao lado
Medo de ser abandonado
Por quem ja se foi.
Por quem só deixou uma pulga
Ao lado de lembranças em retrato
Que em plena manhã fica encubido
Pelas ruas com drogas e libido
Acabando em mais sofrer.
Sofrer por ainda não saber
O que deve ser feito.
Talvez esquecer.
Talvez se deixar envelhecer.
Talvez, só talvez
Por mais uma vez
Uma certeza única.
Continuar a viver.
Do jeito que der
Do jeito que der pra ser.
6 de março de 2011
Metade de 2 é 1. E 1, é sozinho.
Compostos de um,
Espelho em metade de mim.
Pingos de chuva em chão
Arrasta, lava, impõe a lama.
Sozinho, “fala sério”.
Por carona.
O feito de dois virando um
Fez-se a escolha de não ter soma
“Um”, é sozinho. “Pode crer”.
Perde a cor, perde o brilho.
Perde amor.
Vais pra longe amanhecer
Pois quando chegas me arruínas
Pois quando vens começa o dia
Que somente por si mesmo termina.
O inteiro de dois
Torna-se em metades.
Divisões de lugares
Em um mundo
Onde tudo é longe,
Lado a lado.
Tal distância se faz fardo,
Brotando em abismos
Sementes de descaso.
Flores de condeno
Por seres quem és.
Mas nada fizeste
Além de concordar em viver
Sem piso e com pés.
Do “tudo” ao “nada”.
E nada, deixaram de nada.
Nada.
Um tapa na cara,
Com jeito de afago.
Nada somado a nada.
Resultando em um.
Composto de um.
Espelho em metade de mim.
Metades de dois em balança
Lado a lado.
E a distância se faz fardo,
Brotando em abismos
Sementes de descaso.
Descaso afagado.
3 de março de 2011
Bloco do Eu-quase-sozinho
Não lembrar
Não saber
Não sonhar
Apenas sentir.
A falta de um todo
Um todo só de mim.
Vem do vazio, vem do pensar
Vem frio, do cansaço de amar.
Me calo, me mato. Me arranco um pedaço.
Silêncio! A banda está a passar.
E minha loucura sente a presença
De um rosto esculpido em faces mil
A falta de dois, sofrida por um
Há chuva escura nas praias, há seca no Rio.
Uma luz, uma mão para guia
O chão sujo das ruas, é carnaval.
Apenas o vento.
Não me lembro aonde ia.
Esqueci de esquecer,
De como era não ter.
O tempo morre em minha mão
Assassinato sob a luz do dia.
Bares, drogas e sujeira
Brigas,
Minha vez na fila.
Mascaram a vida que mais temia
A vida de ser livre, de ser solto
A vida de gostos todos
A vida de um carnaval
Nas cores de uma tarde vazia.
Lágrimas de euforia
Enquanto eu bebia.
Não posso chamar de alegria.
Não posso gritar tristezas.
Só posso cair na folia.
Sorria, é carnaval.
Sorria.
29 de outubro de 2010
"Um Lugar só de Mim" em um bilhete.
Você sentiu o gosto amargo que um tanto de esforço jogado fora deixou na boca. E como o pressuposto, olhou para a linha do horizonte sorrindo, antes mesmo que uma gota de lágrima salgasse-lhe os lábios. Um dia estava nascendo, como talvez há 2(3)8 anos. Como talvez dos dias em que você se reinventou para curar o lado doente, que consigo levava um sentimento de revolta pelos ralos de tantas privadas sujas de vômito seco, dentre uma ou outra noite gasta em caminhos escuros.
O cara é bom nisso. Ele se maltrata, ele se coloca em pedaços, junta tudo e taca na parede com força. Explosões de impulso em atos, gritos, afagos e carinho. O cara é bom nisso, contente com essas coisas que ele próprio se impõe em vida, curando mil feridas, só para ter o prazer de depois se arrebentar. A queda, a ida em direção ao choque traz a sensação de estar vivo. O impacto, o osso quebrado e o amor de vidro. Isso tudo o faz acreditar que pode segurar tudo, suportar tudo de apenas um jeito: superando, se adentrando, inquieto.
O Super-Homem em quadrinhos, era seu sonho de menino. O homem de aço sempre dava um jeito. Assim como John Rambo, que travou guerras e mais guerras, sozinho contra seus fantasmas e mais de 200 homens bem armados ou talvez, o Rocky Balboa que apanhou de todos os grandalhões, segurando socos, indo à lona e levantando. Sempre pronto para mais um round.
No chão se sente sujo, incapaz. Sobre as próprias pernas inseguro e poderoso. Por dentro, pisando em núvens, por fora confuso. Vai com tudo cara, chegou a sua hora de ser. E se alguém quiser lhe perguntar o porquê de tanta intensidade, diga que não é drama. Diga que esse é o seu único jeito de não desistir. Se matando, renascendo, reinventando o amor em cada rosto, gosto e abraço. Manda pra longe aqueles que te querem por perto pelo egoísmo de saber do quê você é feito e do quanto é capaz de se doar. Se alguém quer ser cercado de vida, que seja pela vida em si e por si só, dividindo o ar que vive, não por uma energia que seja a sua - "...e nem a de outro!", ele diz. Lá todo mundo é feliz enquanto aqui, é e sempre pra sempre será apenas, aqui : "um lugar só de mim."
Que te tenham por perto aqueles que te têm apreço e não, apego. Que te tenham por perto os que te desejam bem, mesmo que você a eles não faça bem, porque bem, somos todos bons e maus buscando o mesmo bem, através de bens. Que te tenham por perto aqueles que por você são amados. E quanto ao resto, bem: o resto é o resto. E que esse pedaço de gente nem se dê o trabalho de deixar, ao menos um recado. Porque será lido e rasgado. Talvez depois, de um jeito grosseiro seja colado e junto a troféus de solidão, guardado. Assim como em uma colcha de retalhos rasgada em pedaços, feridas em abraços. Forte abraço, que você enfrente as suas derrotas e que não perca pelo cansaço mas sim, pela vontade de querer melhor - nada demais ou de menos, apenas melhor.
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13 de outubro de 2010
Um jeito, uma descoberta.
Um dia branco, se branco ele for.
O sol nasceu e a lua de algum jeito ainda continuava no céu. As cores do dia pouco a pouco se faziam vivas e meu pedaço de chão começou a se estender como em um tapete de água salgada, em final de onda quebrada me tocando o fio da canela. Assim, reparei o azul anil como em tempos, eu não via.
Havia esquecido de reviver o que é preciso, o prazer de abraçar o desconhecido e pelas areias a fora, colecionar sorrisos. Sorrisos em rosto e de beleza sem nome, que talvez com meia hora de conversa resultassem em mais um telefone esquecido em agenda. Pele salgada de mar, um sol amarelo brilhante, vivo em calor. Descanso em banhos de silêncio e companhia de boas músicas coreografando leitura, onde tudo se parecia com um filme que acabara de começar juntamente com o nascer do sol, depois de uma noite quase-bem-dormida.
Ansiedade, vontade, paixão pela vida. Tudo que se faz presente é enriquecido por tudo que escolhemos viver. E escolhendo um pedaço de vida que me fiz por merecer, sozinho digo que reaprendi a gostar de viver, pois sei que dentro de tudo que há de desgostoso em cada passo dado, existe algo que me faz rumar direção de um homem construído em cima de superações.
Paixões, talvez confesse. Em diferentes proporções, em diferentes lugares, em diferentes caminhos e olhares sugo tudo o quê pode ser retirado do mundo, sentindo e transformando em um presente para os que me cercam. Seja podre ou seja lindo, o que vêm de fora é sentido e volta de maneira intensa. Mas tudo aquilo que vem de dentro de alguma forma simples, apenas por ser, me faz perceber que o homem lindo que muitos me julgam ser, se construiu em cima de uma essência entranhada. Enquanto o podre, veio em pedaços de estímulos transformados em vaidade, que me faz gritar para saciar o meu lado mais humano e egoísta de não querer ser contrariado.
Vontades surgidas, sementes de sonho em terra fértil, sol amarelo brilhando em céu azul anil, como dissera. Eu comigo mesmo, embalando uma ponta de sanidade antes de confessar não saber de onde surgiu tanta paz. E que o mundo se acabe em tragédia, porque eu prefiro uma cadeira de praia, meus óculos escuros e minhas conversas com meu pensar diante das ondas, que rimam com “amar”. Pois aprendi outra noite, que ondas podem ser chamadas de respiração do mar.
Mar onde me deito, me calo em boca e grito em paixão. Fez de mim um homem, não por sentir os anos, mas por sentir o próprio coração.
11 de outubro de 2010
Me usa.
Aquilo que é chamado de saudade entra pelos olhos, vem de fora. É exalado pela pele, guardado no abraço, em gestos, músicas cantadas e sorrisos de confusões em vontades reprimidas. Ligações recebidas, encontros forçados e esforços contrários para se prender à alguma coisa que não da sustento, que apenas descansa a falta, que acaba com a fome, que tira o pesar do pensamento e dos olhos. Acalma.
Palavra proferida, atos em contraversão, ditados populares, frases de efeito vindas de inspirações de momentos e músicas de Chico e samba. O que muitos e ela chamam de saudade, eu dou o nome de segurança. Ali estando para o conforto, para acalmar aquilo que é difícil se desfazer, jogar fora. Talvez o que devesse ser feito, seria trocar a poesia do samba pela calma-fúria do Jazz, desacorrentando meu coração. Assim como fez Ray Charles. Desistir para ser livre. Faz parte.
5 de outubro de 2010
Pela noite
Sabe quando no meio de uma viagem, dessas que a gente faz de noite, ta rolando aquele silêncio e um fone de ouvido toca aquela musica que meche com a gente por dentro? Que faz a gente sentir vontade de sair voando pelo meio de um céu azul escuro iluminado por pontinhos brilhantes????
Pois é.... ...é de noite.
Na noite e pela noite por onde as lembranças vagam. É onde os sentidos se escondem e é onde tudo dorme. Dorme pra descansar na saudade...
É quando o dia, cansado de ter sido um pouco diferente pra cada ser vivo, deita nas mentes sonhadoras de cada um e finalmente descansa.
De noite..., é onde as sombras se abraçam, é onde a Lua aparece e é onde se esconde a vontade de estar um pouquinho mais perto daqueles que amamos.
É quando o vento tem outro significado, é quando as musicas soam diferentes e quando nossos sonhos começam a nascer.
De noite, é quando talvez o seu ou meu telefone tocam, é quando eu olho pras festas e me pergunto por onde você andaria. É quando me digo tanto faz e quando hora quero ou não voltar atrás.
De noite..., é quando eu deixo tudo pra lá..., é quando eu abraço o mundo olhando pras estrelas. É quando tudo fica mais bonito..., em um outro sentido.
É de noite quando eu gosto de mirar na lua os meus cinco sentidos e receber do mundo juras de amor ao pé do ouvido.
De noite é quando eu me sinto desprendido. É onde eu conto meus segredos e onde eu amenizo as minhas angústias.
É quando eu componho minhas notas..., tão simples como o reflexo de uma estrela sem muito brilho. Brilho de sorrisos que vagam pelos céus e procuram abrigo no meu coração.
De noite..., é quando o Natal fica mais bonito.., quando o frio fica aconchegante..., é quando o verão fica mais fresquinho e é quando no outono a chuva trás de volta a vontade de abraçar. é quando nas noites de primavera os casais se amam e os filhos nascem.
De noite..., é quando fica difícil segurar o choro e o riso. É quando geralmente escrevo tudo o quê sinto. É quando alguns acham que tudo acaba e é quando eu acho que tudo começa de uma outra maneira.
Na noite..., nas nuvens que encobrem a Lua... ou talvez nas estrelas aqui dentro.
Eu jogo meus versos ao vento.
E digo que a cada amanhecer eu sou um pouco mais cheio de vida.
Pois é.... ...é de noite.
Na noite e pela noite por onde as lembranças vagam. É onde os sentidos se escondem e é onde tudo dorme. Dorme pra descansar na saudade...
É quando o dia, cansado de ter sido um pouco diferente pra cada ser vivo, deita nas mentes sonhadoras de cada um e finalmente descansa.
De noite..., é onde as sombras se abraçam, é onde a Lua aparece e é onde se esconde a vontade de estar um pouquinho mais perto daqueles que amamos.
É quando o vento tem outro significado, é quando as musicas soam diferentes e quando nossos sonhos começam a nascer.
De noite, é quando talvez o seu ou meu telefone tocam, é quando eu olho pras festas e me pergunto por onde você andaria. É quando me digo tanto faz e quando hora quero ou não voltar atrás.
De noite..., é quando eu deixo tudo pra lá..., é quando eu abraço o mundo olhando pras estrelas. É quando tudo fica mais bonito..., em um outro sentido.
É de noite quando eu gosto de mirar na lua os meus cinco sentidos e receber do mundo juras de amor ao pé do ouvido.
De noite é quando eu me sinto desprendido. É onde eu conto meus segredos e onde eu amenizo as minhas angústias.
É quando eu componho minhas notas..., tão simples como o reflexo de uma estrela sem muito brilho. Brilho de sorrisos que vagam pelos céus e procuram abrigo no meu coração.
De noite..., é quando o Natal fica mais bonito.., quando o frio fica aconchegante..., é quando o verão fica mais fresquinho e é quando no outono a chuva trás de volta a vontade de abraçar. é quando nas noites de primavera os casais se amam e os filhos nascem.
De noite..., é quando fica difícil segurar o choro e o riso. É quando geralmente escrevo tudo o quê sinto. É quando alguns acham que tudo acaba e é quando eu acho que tudo começa de uma outra maneira.
Na noite..., nas nuvens que encobrem a Lua... ou talvez nas estrelas aqui dentro.
Eu jogo meus versos ao vento.
E digo que a cada amanhecer eu sou um pouco mais cheio de vida.
Talvez, feliz.
O antigo quase novo. Então chamemos de "usado" que ainda veste.
Divagar é sonhar, ou esquecer de algo que faz sentido?
16/12/07Então vamos de novo. Mais uma vez. Só por mais uma vez. Quem sabe a última, quem sabe? O calor de um novo-velho tempo, onde não sabemos distinguir mais as faltas ou as vontades. As mentiras e as verdades. E como em tantos outros contos, tantas outras falas: quem se importa? – a pergunta não é quem, mas o quê. O quê realmente importa?
Como um pedaço de carência escondido em cada abraço. Como um tapa no vento. Como a falta de algo que não se sabe se falta faz, como a falta de algo que não se sabe que se teve.
Esquece. Deixe. Vague. Pra longe ou pra perto. Em cada olhar que se cruza ou abraço negado.Beijo roubado e um tanto de lembranças. Guardo hoje na esperança, que o sol me traga algo diferente de um trago, um pedaço de fumaça pra deixar tudo um tanto mais nublado. Escondido. Confesso: pausado ou quase estagnado.
Talvez alguns digam: fechado pra balanço. Eu prefiro o nome “descanso”.
Descansar de tudo que é pesado. Que torna o todo complicado e um tanto mais amargo.
Deixa... deixa....
...Larguem-se as lembranças lá atrás. Pra quem sabe saber ou descobrir onde o novo se esconde. Só porque a rebeldia ta em falta no sangue. Só porque ser rebelde depois dos 20 não tem mais graça.
Então a gente pode combinar: entre um cigarro, um pedaço de peixe cru e o cheiro de perfume entranhado numa roupa suja de sábado, as mágoas ficam afogadas no suor seco de um kimono de segunda. Usado. Surrado.
Cansado?
Como se faz pra se cansar estando cheio de disposição? Se isso é ficar velho, eu prefiro que seja com alguém do lado.
Do meu lado.
Até o próximo sábado. Até o próximo cigarro.
Eu continuo correndo atrás.
Parado.
Como um pedaço de carência escondido em cada abraço. Como um tapa no vento. Como a falta de algo que não se sabe se falta faz, como a falta de algo que não se sabe que se teve.
Esquece. Deixe. Vague. Pra longe ou pra perto. Em cada olhar que se cruza ou abraço negado.Beijo roubado e um tanto de lembranças. Guardo hoje na esperança, que o sol me traga algo diferente de um trago, um pedaço de fumaça pra deixar tudo um tanto mais nublado. Escondido. Confesso: pausado ou quase estagnado.
Talvez alguns digam: fechado pra balanço. Eu prefiro o nome “descanso”.
Descansar de tudo que é pesado. Que torna o todo complicado e um tanto mais amargo.
Deixa... deixa....
...Larguem-se as lembranças lá atrás. Pra quem sabe saber ou descobrir onde o novo se esconde. Só porque a rebeldia ta em falta no sangue. Só porque ser rebelde depois dos 20 não tem mais graça.
Então a gente pode combinar: entre um cigarro, um pedaço de peixe cru e o cheiro de perfume entranhado numa roupa suja de sábado, as mágoas ficam afogadas no suor seco de um kimono de segunda. Usado. Surrado.
Cansado?
Como se faz pra se cansar estando cheio de disposição? Se isso é ficar velho, eu prefiro que seja com alguém do lado.
Do meu lado.
Até o próximo sábado. Até o próximo cigarro.
Eu continuo correndo atrás.
Parado.
2 de outubro de 2010
Como um dos Oceanos.
Descobri esses dias que mesmo com a falta de tudo, tudo eu tenho dentro de meus próprios delírios causados por drogas que me matam em corpo e me libertam em pensamento: sentimentos. Eles saem de dentro de mim, vão em direção a todos os que percebem o que se passa, fazendo do claro fumaça.
Eu sei sorrir e não quero perguntas, nem palavras... quero gestos. Quero olhares... música ou talvez um abraço. Pode-se se dizer que nem sei ao menos o que quero, mas aqui ainda espero. Pra saber se algum dia poderá haver a soma de nada. Nada e mais nada. Somado a nada.
Digam-se elogios, palavras de conforto. Matam-se a carência em beijos mortos e em palavras que falam de algo sujo entre bocas com gosto de menta. Com cheiro e carne morta, não minto. O morto me atrai. Faz de mim um "feliz-triste" que chora e sabe que a felicidade existe. E coloco tudo pra fora em doses homeopáticas de risos, brincadeiras de dedo em ombro e nariz, besteiras, entorpecentes e muita poesia. Simplesmente porque a vida é linda e eu... bem, eu também.
Diria eu que pontas feriram como espinhos, num repetitivo e conhecido saber e conhecer da dor. Sobre dor e para dor. Não digo o que diz mais nada além do que quer dizer: Não mais existe. Foi-se com passado, e quando voltar apenas vou sentir o cheiro, mas não o toque. Porque o passado não volta.
O mundo não acaba em ausência ou vácuo. Ele começa. Livre aqui estou, para começar..., para reaprender a amar e dizer que meus sonhos voltaram para meus braços, meu colo e meus cuidados. Tudo meu. Reconstruídos..., e tão lindos como penas de pavão ou um por-do-sol na linha vermelha do horizonte. Um sopro de outono rumando ao encontro do brilho esbranquiçado do inverno. Com agua salgada de mar.
Com a energia de uma tempestade, pretensioso faço de meu mundo um oceano. Revolto, inconstante, calmo, pacífico, gélido, índico, pulsante, quente. Abrigando geleiras, abrigando vulcões. Contendo partes desconhecidas e intocáveis.
E para quem vê de fora, que se deliciem com a fúria de minhas ondas, que sintam-se encantados com a beleza do sol vindo de mim, se escondendo em mim. Da noite se encobrindo de estrelas em nuvens, me encostando com seu choro em chuva. Da lua buscando abrigo com seu reflexo sobre meu espelho d'água. Sem esquecer dos ignorantes que sujam o que é meu, com seu lixo e pedaços que não me fazem parte. O que me pertence está dentro, o que não quero já virou, vai virar: deserto.
E visto como um todo...
...lindo. Pretensioso por si só. Pois existe, cheio de vida.
Digam-se elogios, palavras de conforto. Matam-se a carência em beijos mortos e em palavras que falam de algo sujo entre bocas com gosto de menta. Com cheiro e carne morta, não minto. O morto me atrai. Faz de mim um "feliz-triste" que chora e sabe que a felicidade existe. E coloco tudo pra fora em doses homeopáticas de risos, brincadeiras de dedo em ombro e nariz, besteiras, entorpecentes e muita poesia. Simplesmente porque a vida é linda e eu... bem, eu também.
Diria eu que pontas feriram como espinhos, num repetitivo e conhecido saber e conhecer da dor. Sobre dor e para dor. Não digo o que diz mais nada além do que quer dizer: Não mais existe. Foi-se com passado, e quando voltar apenas vou sentir o cheiro, mas não o toque. Porque o passado não volta.
O mundo não acaba em ausência ou vácuo. Ele começa. Livre aqui estou, para começar..., para reaprender a amar e dizer que meus sonhos voltaram para meus braços, meu colo e meus cuidados. Tudo meu. Reconstruídos..., e tão lindos como penas de pavão ou um por-do-sol na linha vermelha do horizonte. Um sopro de outono rumando ao encontro do brilho esbranquiçado do inverno. Com agua salgada de mar.
Com a energia de uma tempestade, pretensioso faço de meu mundo um oceano. Revolto, inconstante, calmo, pacífico, gélido, índico, pulsante, quente. Abrigando geleiras, abrigando vulcões. Contendo partes desconhecidas e intocáveis.
E para quem vê de fora, que se deliciem com a fúria de minhas ondas, que sintam-se encantados com a beleza do sol vindo de mim, se escondendo em mim. Da noite se encobrindo de estrelas em nuvens, me encostando com seu choro em chuva. Da lua buscando abrigo com seu reflexo sobre meu espelho d'água. Sem esquecer dos ignorantes que sujam o que é meu, com seu lixo e pedaços que não me fazem parte. O que me pertence está dentro, o que não quero já virou, vai virar: deserto.
E visto como um todo...
...lindo. Pretensioso por si só. Pois existe, cheio de vida.
O passado, uma noite, um jantar, um motel. E o dia seguinte de 7 meses atrás.
Em um desses dias em que a sensibilidade a flor da pele fica, um vento soprou do lado de dentro de um sonho que não me trouxe aroma, que não me carregou notas e tão pouco tormentos. Mudanças. De algum modo fica entranhado na voz emudecida, o tato passado de pele em pele em um toque sutil de nuca arrepiada. Guardados em um sonho bom de uma noite em que a terra parou de girar.
Assim sei, que o mundo volta em suas voltas a simplesmente não nos tornar apegados a mutações, a mudanças. Mudar de cor, sair dos tons de azul. Experimentar as cores avermelhadas de um pecado bruto, onde alguns chamam de maluco qualquer menino apaixonado escondido em um rosto envelhecido e maltratado por lâminas.
Redescobrir a vida dentro dos melhores sorrisos, deixar o afago de um carinho sereno se perder em bons momentos eternizados em músicas de bom gosto, compondo a trilha de um banho quente de espuma.
No dia em que eu voltei a ver a terra girar, o sol se escondeu em um dia cinza que foi testemunha absoluta de que eu construí algo tão grande quanto Constantinopla ou o próprio Império Romano. Tão mais alto que a imensidão dos maiores templos que tentaram ao longo da história alcançar Deus. A preciosidade de um olhar correspondido me sussurrou em uma doce voz chegada por de trás do meu pescoço, um segredo cantado em lá menor que dizia em voz serena "amo você".
E eu respondi em pensamento que todos os dias, esse amor vai me dar um pedaço de sonho novo que vai fazer assim com que meu sentimento continue a ser o mais bonito. Sincero, despretensioso e nada devoto. Puro, fiel e sem correntes. Amo. É só tudo isso e mais nada.
1 de outubro de 2010
Quase "Desprezo".
Em cada pedaço de chão percorrido, ficam as lembranças do que já foi bonito. Foto e pegadas são registros. Porém o que mantém o passado vivo, são o pensamento e sentimento brigando em parceria. E esses por sua vez, andam por diferentes mundos em velocidade inalcançável.
Transparência que expulsa algo que chega torto, arrebatado e matando. De frente para o tronco, o chicote acerta o fingido de morto. E pouco em pouco o carrasco perde a força.
Tornando assim aparente, o que um escravo sempre foi: forte, imponente e impotente durante tempos.
Até que uma certa princesa uma lei assinou.
Os dias se passaram longos, mas a liberdade chegou.
Um processo, uma questão de tempo.
O peso do amar.
Se pondo em tronco e tortura para a liberdade alcançar.
O chicote do "desprezo" deixa marcas, mas a um escravo não pode matar.
Não arrebata, chega torto.
Pouco em pouco.
Livre.
Transparência que expulsa algo que chega torto, arrebatado e matando. De frente para o tronco, o chicote acerta o fingido de morto. E pouco em pouco o carrasco perde a força.
Tornando assim aparente, o que um escravo sempre foi: forte, imponente e impotente durante tempos.
Até que uma certa princesa uma lei assinou.
Os dias se passaram longos, mas a liberdade chegou.
Um processo, uma questão de tempo.
O peso do amar.
Se pondo em tronco e tortura para a liberdade alcançar.
O chicote do "desprezo" deixa marcas, mas a um escravo não pode matar.
Não arrebata, chega torto.
Pouco em pouco.
Livre.
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